Too Good To Go BlogUm Café Com... Gleba

Em 2022, iniciámos uma colaboração inspiradora com a Gleba, uma padaria artesanal de referência em Portugal, unindo forças para combater o desperdício alimentar. Com a missão de valorizar cada pedaço de pão produzido e minimizar os excedentes, a Gleba encontrou na Too Good To Go a parceria ideal para enfrentar este desafio, ligando os seus deliciosos produtos a consumidores conscientes através da nossa app.

Desde o início da parceria, a Gleba salvou mais de 25 mil Surprise Bags, evitando a emissão de mais de 67 toneladas de CO2e — um impacto positivo que cresce à medida que a marca continua a expandir a sua rede de lojas.

Com um compromisso com a sustentabilidade e a inovação, a Gleba alia a sua produção artesanal ao uso de tecnologia para otimizar a eficiência e reduzir desperdícios. Para saber mais sobre como esta empresa pioneira está a liderar pelo exemplo na luta contra o desperdício alimentar, tomámos “Um Café com...” Diogo Amorin, fundador da Gleba.

1.- Como e porque é que a Gleba decidiu juntar-se à luta contra o desperdício alimentar?

Mais de 1/3 dos alimentos produzidos são desperdiçados, o que significa que de um modo geral se produz mais 50% do que é necessário para satisfazer as necessidades dos consumidores. Tal significa que há muito a melhorar em termos de eficiência nas cadeias de abastecimento do retalho alimentar, com potencial para resultados consideráveis na redução do impacto ambiental da produção de alimentos e no aumento do poder de compra dos consumidores (não nos esqueçamos que sendo o desperdício alimentar um problema sistêmico do setor, o consumidor acaba por ter que o pagar; se a indústria conseguir produzir para satisfazer a procura com menos 33% dos inputs produtivos, ou seja desperdício zero, tal significa ganhos financeiros enormes para as primeiras empresas a conseguir fazê-lo e para os consumidores). A Too Good To Go tem tido um papel muito significativo na missão da Gleba de endereçar esse desafio, não na redução dos inputs produtivos para satisfazer um dado nível de procura, mas providenciando-nos acesso a uma pool significativa de consumidores, à qual de outra maneira não teríamos acesso, que absorve uma parte muito significativa dos nossos excedentes produtivos.

2.- O que vos levou a começar a trabalhar com a Too Good To Go? E como foi iniciada essa parceria?

O que nos levou a trabalhar com a Too Good To Go foi o desejo de reduzir o desperdício alimentar.

3.- Para qualquer pessoa do sector que esteja a ler esta entrevista e que esteja a pensar em juntar-se à Too Good To Go, pode falar-nos do seu dia a dia com a aplicação? Por outras palavras, diga-nos, no seu caso particular, como é feita a preparação das Surprise Bags, qual o seu conteúdo, se a aplicação é facilmente integrada nas operações diárias dos estabelecimentos e se foi fácil para si começar a trabalhar com a aplicação.

A Too Good To Go é uma aplicação bastante intuitiva, tanto para os clientes quanto para os retalhistas. Na Gleba, quando nos aproximamos do final do dia, decidimos o número de Surprise Bags a activar, com base na quantidade de produto disponível. As Surprise Bags são preparadas apenas com produtos do dia, que apesar de fresquíssimos, já não se venderiam no dia seguinte. Contêm produto (pão, focaccias, cookies, brioches, madalenas, canelés, baulettos, pães de queijo...) num valor total de aproximadamente 15€ e são vendidas a 5,99€.

Os processos de preparação e venda das Surprise Bags são muito naturais para as nossas equipas e a gestão da plataforma é muito intuitiva. Temos muitos clientes Too Good To Go fiéis, sendo muito frequente comprarem mais produtos ao recolherem as suas Surprise Bags na loja.

4.- Diria que a aplicação o está a ajudar a atingir os seus objectivos de sustentabilidade e a reduzir o desperdício alimentar? Porquê?

Sem dúvida. Entre Setembro de 2022 e Junho de 2024 salvámos mais de 25 mil Surprise Bags, o que resultou em menos 67 toneladas de CO2e libertado para o nosso planeta. À medida que a Gleba cresce e abre mais lojas, o impacto tende a crescer. A razão pela qual, a Too Good To Go é a marca parceira ideal para atingir estes objetivos é porque lidera globalmente no combate ao desperdício alimentar, contando em 2024 com mais de 4000 marcas parceiras e 2M de utilizadores em Portugal.

5.- Por que razão recomendaria a outras marcas ou estabelecimentos do setor, que aderissem à Too Good To Go?

Recomendaria a Too Good To Go a outras marcas do setor, porque sendo a plataforma líder no combate ao desperdício alimentar, permite, sem grande complexidade operacional para os retalhistas, que as empresas do setor fiquem mais perto de atingir as suas metas em termos de desperdício alimentar.

6.- Considera que, em geral, existe uma maior sensibilização para o desperdício alimentar, tanto por parte dos consumidores como da indústria?

Sem dúvida. Na última década, a consciência relativamente ao desperdício alimentar tem aumentado significativamente. Em particular desde a pandemia, houve um aumento muito considerável da percentagem de consumidores e marcas sensíveis ao desperdício alimentar.

7.- Como uma das empresas de referência do sector, acredita que o desperdício zero é um desafio alcançável? E se pudesse pedir um desejo, o que acha que poderia ser feito ou teria de ser feito para atingir esse objetivo?

A inteligência artificial terá cada vez um papel mais importante na redução do desperdício alimentar, nomeadamente na otimização da precisão do planeamento de produção e eficiência das cadeias de abastecimento das empresas do setor. Estamos a investir consideravelmente a esse nível e acreditamos que a maturação desses projetos terá um grande impacto na redução de desperdício alimentar da Gleba.

Uma maior precisão no planeamento de produção e na gestão das cadeias de abastecimento potenciadas com IA, aliada a ferramentas flexíveis e dinâmicas, que permitam fazer chegar os excedentes produtivos das marcas diretamente aos consumidores, como é o caso da Too Good To Go, oferece às empresas uma combinação poderosa para chegarem cada vez mais perto do desperdício zero.